Saúde Mental e a Síndrome de Burnout

O que é a Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout pode ser entendida como um estado de esgotamento físico e mental extremo, causado diretamente pelo estresse crônico no trabalho. Não é apenas cansaço, mas uma sensação de que você chegou ao seu limite.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificou como um fenômeno ocupacional, ou seja, uma doença diretamente ligada ao trabalho. Seus principais sinais são:

• Esgotamento físico e emocional: Você se sente exausto(a) o tempo todo;

• Falta de interesse: Perda de motivação e de entusiasmo pelo trabalho que antes você gostava;

• Sentimento de ineficácia: A sensação de que seu trabalho não tem valor e que você não consegue mais dar conta das tarefas.

Como as relações de trabalho podem causar o Burnout?

O Burnout não surge do nada. Ele é o resultado de um ambiente de trabalho tóxico e de uma rotina que ultrapassa os limites saudáveis. As principais causas dentro de uma empresa podem ser:

• Carga de trabalho excessiva: Jornadas de trabalho longas, acúmulo de funções e pressão constante por resultados irreais;

• Falta de controle: Não ter autonomia para tomar decisões sobre o seu próprio trabalho;

• Metas e cobranças abusivas: A cultura de alta performance levada ao extremo, com metas inatingíveis;

• Falta de reconhecimento: Não receber valorização pelo seu esforço e dedicação;

• Conflitos: Um ambiente com assédio moral, pouca colaboração ou chefias que não oferecem suporte.

Como prevenir o Burnout e o papel de cada um

A prevenção é a melhor ferramenta e, sob o ponto de vista legal, a responsabilidade principal é da empresa. A legislação brasileira determina que o empregador tem o dever de garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável, tanto fisicamente quanto mentalmente.

• O que a empresa deve fazer para prevenir:

– Respeitar as horas de trabalho: Garantir que o funcionário tenha pausas e respeite o seu horário de descanso;

– Promover um bom clima: Agir contra o assédio, incentivar a comunicação e oferecer apoio psicológico;

– Oferecer suporte: Treinar gestores para identificar sinais de estresse e para oferecer ajuda.

• E o que o trabalhador pode fazer:

– Fique atento aos sinais: O primeiro passo é reconhecer que você está em uma situação de risco;

– Procure ajuda: Converse com um médico e psicólogo. O diagnóstico de Burnout, como doença ocupacional, pode ter implicações legais importantes;

– Conheça seus direitos: Se o problema for grave e a empresa não tomar nenhuma atitude, você pode ter o direito a estabilidade no emprego (se houver afastamento), a receber indenização por danos morais, entre outras proteções.

Para maiores esclarecimentos quanto aos aspectos jurídicos, busque auxílio de advogado(a) de sua confiança.

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